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"Partidos de direita vencem eleição para Conselho Constituinte do Chile: Nova Constituição em jogo"

Foto do escritor: Tarcísio CastanTarcísio Castan

Apoiadores do Partido Republicano comemoram começo promissor de apuração no Chile.Foto: Javier Torres/AFP


Com mais de 95% das cédulas apuradas, os partidos de direita triunfaram na eleição deste domingo (7/5) para o Conselho Constituinte do Chile. O novo conselho, que terá 50 membros, será encarregado de elaborar a nova Constituição do país.


De acordo com os dados eleitorais, o Partido Republicano liderou a disputa com 35,5% dos votos. A sigla é considerada de extrema-direita e tem como líder o ex-candidato presidencial conservador José Antonio Kast.


Em segundo lugar ficou a coalizão Unidad para Chile, liderada pelo presidente do país, Gabriel Boric, com pouco mais de 28% dos votos. A coalizão Chile Seguro, da direita tradicional, obteve 21,1% dos votos. O restante dos votos foi para partidos do centro.


Com os resultados, o Partido Republicano conquistou mais de dois quintos das vagas disponíveis no Conselho Constituinte do Chile - um total de 22. Unidad para Chile conseguiu 17 assentos e Chile Seguro outros 11.


Em 2020, quase 80% da população votou para redigir uma nova Constituição, depois de protestos violentos contra a desigualdade no país. Uma primeira versão da Constituição foi elaborada, com ênfase em benefícios sociais, direitos ambientais, igualdade de gênero e direitos indígenas. No entanto, o texto foi rejeitado por 62% dos chilenos em um plebiscito.


Os membros do Conselho Constituinte do Chile começarão a escrever a nova Constituição do país em junho, com base em um projeto elaborado por 24 especialistas constitucionais nomeados pelo Congresso chileno em março deste ano.


Para serem aprovados, os artigos precisarão da maioria de três quintos do Conselho. Conforme o cronograma, a proposta deverá ser entregue para a revisão de uma comissão em outubro. No mês seguinte, a redação será concluída. Após a finalização do documento, os eleitores do Chile decidirão, em dezembro deste ano, se aprovam ou rejeitam a proposta.


A nova Constituição substituirá a que está em vigor desde 1980, durante a ditadura de Augusto Pinochet.


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