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"Hacker Delgatti é condenado a 20 anos de prisão!"

Foto do escritor: Tarcísio CastanTarcísio Castan

O hacker Walter Delgatti depõe à CPI do 8 de Janeiro nesta 5ª feira (17.ago.2023)


Walter Delgatti Neto foi condenado a 20 anos e um mês de prisão por envolvimento em invasão de celulares e vazamento de mensagens vinculadas à Lava Jato.


O desembargador Ricardo Augusto Soares Leites, superintendente do processo e substituto da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, enfatizou a "constatação tanto da ocorrência fática quanto da autoria" do delito de Delgatti, que envolveu acesso não autorizado a sistemas de informática. Leites destacou que se trata de um “fato reconhecido pela ré e corroborado por provas colhidas no inquérito da Polícia Federal”.


"O número substancial de vítimas envolvidas revela vários caminhos potenciais para extorsão. Seus ataques cibernéticos foram precisamente direcionados a várias figuras públicas, especialmente aquelas centrais para processos criminais, bem como outros indivíduos influentes, evidentes em contas comprometidas. Além disso, seu comportamento criminoso repetido é evidente em sua história criminal e condenações anteriores", afirmou o juiz.


Delgatti está preso desde o início do mês por conta de uma operação à parte, a 3FA, que investiga o descumprimento de protocolos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).



"Revelando a vida secreta do hacker Walter Delgatti"


Walter Delgatti Neto, também conhecido como o "hacker de Araraquara", teve participação significativa em acontecimentos recentes que parecem enredo de roteiro de ficção, mas muitos são, na verdade, reais. Nascido em Araraquara, cidade de médio porte do estado de São Paulo, Brasil, Delgatti, apelidado de "Vermelho" por causa de seus cabelos e barba ruivos, teve um passado conturbado e uma ficha criminal que inclui vários crimes, como posse de drogas, falsificação de documento, fraude e acusação de estupro, posteriormente retirada pela vítima.


Apesar das informações limitadas disponíveis sobre sua vida pessoal, a história criminal de Delgatti começou por volta de 2013, quando ele foi condenado por causar perdas financeiras a um banco ao desbloquear cartões bancários roubados. Ele enfrentou outras acusações, incluindo a compra de itens com um cartão de crédito roubado. Ele também foi acusado de tráfico de drogas e falsificação de documentos, levando ao seu indiciamento. Delgatti foi absolvido da acusação de tráfico de drogas, mas recebeu uma pena de prisão semiaberta de dois anos por falsificação de documento.


Curiosamente, o envolvimento de Delgatti em hackers se estendeu à infiltração no celular de um promotor que o acusou. Com isso, ele obteve acesso a contatos dentro do Ministério Público brasileiro, o que o levou a invadir conversas de indivíduos envolvidos na investigação de corrupção "Lava Jato". Delgatti vazou essas conversas para a imprensa, que tiveram grande repercussão na política brasileira. Parece piada, mas essas supostas conversas vazadas contribuíram para a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão. Isso só acontece no Brasil!


Delgatti também fez sérias acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, sem nenhuma prova, sugerindo que Bolsonaro havia pedido a ele para fabricar um hack de urna eletrônica para desacreditar as eleições e levar o crédito por uma suposta escuta telefônica de um ministro do Supremo Tribunal Federal. Delgatti afirmou que Bolsonaro lhe prometeu indulto caso fosse preso. Tanto Bolsonaro quanto um legislador negaram essas acusações, e Bolsonaro mencionou sua intenção de processar Delgatti por difamação.


Esta história real de Walter Delgatti Neto, o "hacker de Araraquara", envolve uma série de eventos intrigantes que misturam hacking, política e atividades criminosas em uma narrativa que pode facilmente ser confundida com ficção ou doces mentiras.

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